Cinema e educação de mãos dadas no Arquivo em Cartaz

Estão abertas as inscrições gratuitas para as sessões cine-escola da Mostra Arquivo Faz Escola que acontece no âmbito da programação do Arquivo em Cartaz para beneficiar estudantes e educadores

Professores e educadores já podem inscrever seus alunos para participar das sessões cine-escola oferecidas com a realização do programa Arquivo Faz Escola que integra a programação da 2º Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, a ser realizada de 07 a 16 de novembro. O programa tem como objetivo entender o audiovisual como janela sobre as relações sociais do mundo, unir as linguagens cinema e educação com foco na formação do cidadão a partir da utilização do audiovisual no processo pedagógico interdisciplinar.

Esta iniciativa possibilita conscientizar, sensibilizar e envolver o universo educacional no contexto do audiovisual promovendo encontros e debates do público estudantil de diversas faixas etárias com as produções audiovisuais brasileiras. Nesta edição serão promovidas três sessões cine-escola no contexto da Mostra Arquivo Faz Escola com exibição de três longas brasileiros com enfoque na temática central do evento - 100 anos de samba, para estudantes a partir de 12 anos. As sessões acontecem no Cine-Teatro do Arquivo Nacional (plateia 150 lugares). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site oficial do festival www.arquivoemcartaz.com.br até o dia 28 de outubro.

O mundo passa por transformações sociais profundas, ancoradas em conquistas tecnológicas cotidianas, transformando os meios audiovisuais nas principais formas de comunicação e expressão, um instrumento formador de opinião e de comportamento. Nos meios audiovisuais hoje incluímos o cinema, vídeo, TV, internet, jogos eletrônicos, a videoarte e os múltiplos usos da fotografia e novas mídias.

 O desafio de todos os educadores contemporâneos é tornar a sala de aula tão atraente quanto o mundo fora da escola, com seus inúmeros estímulos audiovisuais. Aliar a prática dos professores com as modernas ferramentas de ensino é tarefa de todos os que se preocupam com a melhoria na aprendizagem dos nossos alunos. 

 O Cine-Expressão promove também cine-debate após as sessões de cinema visando refletir de maneira espontânea e criativa questões pedagógicas relevantes abordadas nos filmes para os diferentes níveis escolares. Contribui, ainda, para a integração social, aproxima o universo escolar da ação cultural, fortalece vínculos e estabelece compromissos com as comunidades, além de difundir e multiplicar conhecimento.

 CONFIRA ABAIXO INFORMAÇÕES SOBRE OS FILMES DO CINE-EXPRESSÃO:

 TRINTA
Drama/Biografia,cor, 92’, 2014 
Diretor: Paulo Machline

Sinopse: Cinebiografia do carnavalesco Joãosinho Trinta (Matheus Nachtergaele), o filme traça o retrato do artista a partir de um recorte no tempo. Dos anos 1960, quando se mudou do Maranhão para o Rio de Janeiro a fim de se tornar bailarino do Theatro Municipal; até 1974, ano em que assume o posto de carnavalesco da Acadêmicos do Salgueiro, tradicional escola de samba do carnaval carioca. Do anonimato à consagração, Trinta aborda a amizade e o rompimento de Joãosinho Trinta com o cenógrafo e carnavalesco Fernando Pamplona (Paulo Tiefenthaler), o preconceito sofrido dentro da própria família e a inveja despertada no barracão.

A ALMA ROQUEIRA DE NOEL
Documentário, cor, 70’, 2011
Diretor: Alex Miranda

Sinopse: O roqueiro Paulo Miklos mergulha no universo do samba e cria um show em homenagem ao centenário de Noel Rosa. O documentário mostra os bastidores do show, a visita à Velha Guarda da Vila Isabel; a parceria com o Quinteto em Branco e Preto e com importantes sambistas como Osvaldinho da Cuíca e Fabiana Cozza, além de participações do rapper e apresentador Rappin´ Hood e da compositora Malu Magalhães.

O SAMBA QUE MORA EM MIM
Documentário, cor, 72’, 2011
Diretora: Georgia Guerra-Peixe

Sinopse: É um documentário ambientado no Morro de Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro, no período do pré-carnaval. O ponto de partida é a quadra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, lugar do reencontro da diretora Georgia Guerra-Peixe com sua própria história. É no inicio do documentário, em primeira pessoa, que a diretora conta o que o carnaval sempre significou na sua família e na sua vida. O olhar muito particular da diretora conduz este deixar-se ir continuo pelo morro; um caminhar que naturalmente vai adquirindo variações melódicas e cadências rítmicas diferentes, resultando na composição do que poderia ser chamado de samba enredo documental ou um samba de olhar. Além da quadra mora o samba de Georgia Guerra-Peixe. Um samba que é jeito de ser, de viver e também, mas não só, de cantar e dançar.